A língua é elemento de comunicação e interação social e em seu uso real, tem a propriedade de ser dialógica. Dessa forma podemos afirmar que vivemos sim, em um mundo dialógico, onde os discursos se alteram, se complementam e se contrapõem constantemente.
Todos os enunciados no processo de comunicação, independentemente de sua dimensão, são dialógicos; neles, existe uma dialogização interna da palavra, que é perpassada sempre pela palavra do outro, é sempre inevitavelmente a palavra do outro. O enunciador, para construir um discurso, leva em consideração o discurso de outrem , que também estará presente no seu. Esses discursos carregam consigo os modos de pensar e agir dos diferentes grupos sócio-culturais existentes e são ressignificados a cada instante em que entram em contato com outros discursos, sejam considerados dominantes ou não.
Segundo Bakhtin ( 1997 ), não há uma fala original, ou seja, não há uma fala que já não tenha sido dita antes, porém isso não implica dizer que o que falamos não é de autoria nossa, mas sim que o conjunto de discursos que se entrelaçam uns aos outros.
Vale ressaltar que, com o advento tecnológico, vários outros discursos começaram a permear nossas vidas e tivemos acesso aos novos processos dialógicos, nesse caso um dialogismo digital. Há uma grande discursão a cerca da introdução tecnológica nas escolas, para alguns, acham que a introdução da tecnologia no meio educacional é transformadora e revolucionária,porém outros discursos dizem que apenas introduzir a tecnologia na escola pode, na verdade , ter como objetivo mascarar os problemas desse contexto.
O professor ao optar por alguns desses recursos midiáticos, deverá analisar de forma crítica os pontos positivos e negativos, fazendo com que seus alunos se beneficie da melhor forma possível.
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